We’ve updated our Terms of Use to reflect our new entity name and address. You can review the changes here.
We’ve updated our Terms of Use. You can review the changes here.

Escombros (album)

by Ecos Póstumos

/
  • Streaming + Download

    Purchasable with gift card

     

1.
Lascas 04:07
A pueril pureza da criança Que em seus olhos brilhantes Cheios de esperança Não imagina o futuro agonizante Absorve os traumas dos problemas alheios Mas vive em seus pequenos devaneios Como uma ralada no joelho na beira da calçada, algumas risadas Coisa de criança O pai agressivo ignorante de origem humilde Agride a esposa indefesa e confusa na frente dos filhos Ela deixa que a humilhe Triste menina mulher ainda não madura, perde seu brilho O machismo, o abuso Pro menino, tudo aquilo é confuso Seu cotidiano pequeno esbarra Na família que se despedaça O tempo feroz, o terrível algoz da vida Passa e traz dúvida A revolta do menino quase crescido Que pelo ódio é acometido O ódio e o amor se tornam doença O cotidiano repleto de desavença O ser começa a colapsar E o espírito pueril a se dilacerar
2.
Escombros 05:04
Ahh escombros do ser me sufoca viver Ahh escombros do ser só queria sumir Ahh escombros do ser Só queria ter paz Ahh escombros do ser Só queria MORRER Em pedaços segue o vivente Em um mais um dia, descrente Segue a maratona da rotina Do sistema a esplêndida sina O suicídio e a morte lhe afrontam Tudo de repente Tratamento, soluções lhe apontam Todos eles mentem Só querem se livrar do fardo Lhe lançando um dardo Venenoso de medicação Como uma fera selvagem, a sedação Se morres é a tristeza da família Se vives, segue a vida maltrapilha E agora? Me responda...e agora!!! Pessoas que veem e vão Obliterando o já frágil coração Alguns que se vão, tão amados E nem sequer dão respostas Outros são o escárnio Apenas lhe ajudam a aumentar o fardo Ahh ESCOMBROS DO MEU SER!!
3.
Cacos 05:09
Olha só o desdém Me colocaram no hospital psiquiátrico Mas também? Quem aguenta ? um doente mentaaaaaal! Aqui é frio, você chora e ninguém vê Aqui é triste, você só quer morrer Todos cheiram a fezes!! E querem até que os ateus rezem ah! Me libertem daqui (dessa dor) ah! Me Libertem daqui (da agonia) Ah! Me libertem daqui (da vida) Ah! me libertem daqui Deixe-me morrer Me libertem da vida Vocês dizem quem me amam? Então me deixem morrer!! Estão lutando por mim? Ou contra o vosso luto? Paradoxal sua piedade Meu corpo é uma massa podre Um amontoado de bolor Me machuca toda essa dor Me libertem Me libertem me libertem Estou em cacos
4.
Detritos 03:10
Olha que doente A sociedade presente Num show de horrores Como roedores Devorando e expondo O sofrimento alheio Carne podre E eu, aqui no meio Uma vestimenta de carne, sustentada por uma pilha de ossos Remexendo os detritos, os destroços Olha que insolente Eu aqui presente Num show de horrores Somos os próprios roedores Os muros caíram E os restos se despedaçaram Foram pisoteados Por centenas de alienados Piedade... É o que eu peço Já não tenho mais rimas para expressar minha dor Me liberta da arte, da beleza Me deixa ser humano Me deixa errar, me deixa chorar Escrever errado Falar errado Me deixem definhar... Em meio aos detritos
5.
Cinzas 04:16
Le Vampire (Charles Baudelaire) "Le Vampire Toi qui, comme un coup de couteau, Dans mon coeur plaintif es entrée; Toi qui, forte comme un troupeau De démons, vins, folle et parée, De mon esprit humilié Faire ton lit et ton domaine; — Infâme à qui je suis lié Comme le forçat à la chaîne, Comme au jeu le joueur têtu, Comme à la bouteille l'ivrogne, Comme aux vermines la charogne — Maudite, maudite sois-tu! J'ai prié le glaive rapide De conquérir ma liberté, Et j'ai dit au poison perfide De secourir ma lâcheté. Hélas! le poison et le glaive M'ont pris en dédain et m'ont dit: «Tu n'es pas digne qu'on t'enlève À ton esclavage maudit, Imbécile! — de son empire Si nos efforts te délivraient, Tes baisers ressusciteraient Le cadavre de ton vampire!" Acabou Nada restou, só cinzas O que me atordoa É que são centenas de vidas Indo, as vezes sem despedida Para o abismo sórdido Cavado pelo mórbido E astuto coveiro Que enterra seus cordeiros Com um falso ar de piedade Explicitando a atroz realidade Cinzas Espalhem minhas cinzas... cinzas Espalhem minhas cinzas "Vês! Ninguém assistiu ao formidável Enterro de tua última quimera. Somente a Ingratidão -- esta pantera -- Foi tua companheira inseparável! "Acostuma-te à lama que te espera! O Homem, que, nesta terra miserável, Mora, entre feras, sente invevitável Necessidade de também ser fera. Toma um fósforo. Acende teu cigarro! o beijo, amigo, é a véspera do escarro, A mão que afaga é a mesma que apedreja. Se a alguém causa inda pena a tua chaga, Apedreja essa mão vil que te afaga, Escarra nessa boca que te beija!"
6.
Reticências 03:39
Falar o que? (Se o sonho já morrer) Só penso em morrer (Este sou eu) Vazio Letárgico Tardio destino trágico A tragédia do eu Que não, não sou Nem de longe um Orfeu Deixo aqui minhas reticências Do ser imperfeito, sem casta Um Pobre Vira latas Não sorria... Não chegue perto Eu não quero a sua presença Quero pagar logo minha penitência Três pontos Encerro minha vida Três pontos Reticências Me deixe calar Me deixe definhar
7.
Poeira 03:25

about

Ecos Póstumos - Escombros (2018)

1 - Lascas
2 - Escombros
3 - Cacos
4 - Detritos
5 - Cinzas
6 - Reticências
7 - Poeira (Instrumental)

Músicas e Letras: Renato Nascimento
Produzido por Bruno Bulgaron e Renato Nascimento

Renato Nascimento: Vocal, Guitarra, Baixo, Teclados
Bruno Bulgaron: Vocal e Arranjos adicionais de Bateria e Teclados

Escrito e Gravado entre Abril e Maio/2018

Mixagem e Masterização por Bruno Bulgaron em Junho/2018

Poesia em Cinzas:
"Le Vampire", de Charles Baudelaire, por Jim Clark (2009)

"Versos Íntimos", de Augusto dos Anjos
Narrada por Othon Bastos

Para letras e maiores informações:
ecospostumos.bandcamp.com
ecospostumos@gmail.com

credits

released June 25, 2018

license

all rights reserved

tags

about

Ecos Póstumos Arapongas, Brazil

Projeto "One Man Band" criado por Renato Nascimento. Na linha Depressive Suicidal Black Metal. As letras das músicas são poemas criados para o "Setembro Amarelo", e visam expressar a rotina e fardos dos que enfrentam depressão em seus diversos graus.

contact / help

Contact Ecos Póstumos

Streaming and
Download help

Report this album or account

If you like Ecos Póstumos, you may also like: