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Di​á​rio de um Suicida (EP)

by Ecos Póstumos

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1.
Tudo está preto Meu ser repleto de nada Minha alma chafurdada na rotina atroz De uma doença cretina Assassina De sonhos, do amor A morte rastejante Me traz dor O emocional estilhaçado Vejo ao espelho um defunto Bagunçado Uma festa de vermes e uma alma soterrada e confusa Uma alegria hoje difusa Em detalhes sórdidos Num passado mórbido Mais um despertar desesperador Mais um dia Mais uma agonia Fracionada em 365 facadas O sussurro de um depressivo É como um murro apreensivo Na cara de Deus Um murro numa vidraça Que estilhaça Sonhos seus O urro de um plebeu Que não interessa ao nobre O cobre que envenena É como um naufrago que acena de sua ilha pequena Solitária Sua própria capela mortuária
2.
Tumulto Na mente do moribundo Ele anda E respira através de anti-depressivos Aparelhos neuróticos Narcóticos Ela; a doença Macabra arquiteta De uma realidade nociva Segundos são como gotas de ácido Pingando no crânio escalpelado Pelado É como se sente Sob -200° celsius Seus gritos quietos Vêm sob olhares que pedem socorro Os minutos são como morros Íngrimes Sublímes martírios em pilar magnânimo Pois ninguém ainda resolveste Quebra cabeça este Chamado depressão
3.
Pôr do Sol 04:37
A morte de um ente querido Uma desilusão Um coração partido Uma doença "O mal do século" (eles dizem) A crença para que te tratem Chega devagar, mas chega Você nega E ela se aconchega O vazio, desesperador (Inédito até então) O vácuo te põe no chão Tudo vai à lona Seu trabalho, sua vida A realidade vem a tona A morte se torna assunto constante O podre, vermes, desgraça Nada é o bastante Um cenário lúdico de um filme antigo Um pôr-de-sol súbito Noite se faz presente Onipotente Mergulho em tua escuridão decadente
4.
Contemplo os pulsos a sangrar O pulso que insiste em pulsar O sangue jorra em revolta Ao ato violento de desespero Inóspito exagero De dor, de ódio à existência "Mais um dia", penso eu Que penitência Seria o fim ou o apogeu? Um momento de sombras Desesperador Mas apenas um momento De dor Em que o ser se despedaça ao relento Réquiem sangrento
5.
Sanatório 03:55
Hospital Psiquiátrico Quando estou lá A carne se apressa em apodrecer A alma desiste de viver E o ser murcha Se extingue a alegria A catalepsia Ali sob olhares descuidados O ser murcha A sanidade caduca O psiquiatra retruca O sanatório te educa são 5 horas da manhã O rádio ensurdece "Você vai sair amanhã?" Ah, se eu também pudesse "Tome o remédio!" Vespertino, o chão duro é o consolo Haja tédio! Mas eu fui tolo Deixei-me trancafiar Agora estou a definhar Meu ser já não murcho Mas pálido, opaco Tratado pelos comprimidos malditos Em meio a esses esquisitos Fedorentos e agourentos Também cheiro mal E trago mal agouro E os minutos rasgam meu couro Oh, colina dos insanos Que me livraste do plano Dos normais Estou entre doentes mentais Aliás, também sou doente Um boçal Alienado, transmutado Em fera
6.
Setembro 03:21
O dia acordou chuvoso E setembro está a acabar O atroz diabo depressão Tenebroso Minha vontade de viver está a ceifar Até minha respiração é decadente E minha alma a chafurdar Seu cheiro podre toma o ar As pessoas são esquecidas Aquecidas Pelos seus cotidianos cretinos E o sofrimento do próximo E seus desatinos No máximo Lhe causam um leve incômodo E a vida segue de todo modo E os jovens depressivos Continuarão a se suicidar E num inferno Agonizar
7.
instrumental

about

Poesias que foram musicadas. Ouça lendo as letras se possível.

credits

released November 30, 2017

Família, namorada, amigos, meu gato e aos anti-depressivos.
Um EP pra todos que procuram na poesia e na arte uma maneira de expressar seus sentimentos.

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about

Ecos Póstumos Arapongas, Brazil

Projeto "One Man Band" criado por Renato Nascimento. Na linha Depressive Suicidal Black Metal. As letras das músicas são poemas criados para o "Setembro Amarelo", e visam expressar a rotina e fardos dos que enfrentam depressão em seus diversos graus.

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