1. |
Transtorno Mental
03:37
|
|
||
Olha esses olhos famintos por vida
"Eu só queria ser normal"
Mas estou em eterna descida
E a dor é abissal
É como um cão de 15 metros
Babando e vomitando ácido
Fazendo os mais terríveis gestos
E eu em um ventre cálido
Sacudido pelos anjos protetores
Os anti-depressivos
transtorno mental
agonia
A minha vontade de viver não se manifestou
E a minha graça acabou A minha graça é a desgraça
Pois deito em berço esplêndido
Num compêndio de informações bizarras
Perdido no canto da cigarra
Que se manifesta durante a noite eterna
Escura e regada pela morte
Com sua tétrica foice
forte
|
||||
2. |
|
|||
Abundantes delírios e surtos psicóticos
Mente frágil colapsada pelos traumas passados
O ceifador não veio desta vez
A vida ainda pulsa em minhas veias
Eles zombam da minha falha em morrer
Mas tudo o que procuro é vida
Enquanto eles riem, os meus se desesperam
expectadores malditos
Zombam do ser
Zombam do miserável
Mais respeito pelo ser que procura a morte
O que ele quer é a vida
A pior dor que nunca entenderão
Com suas bocas sorridentes
O ser que atenta contra a própria vida
quer respirar levemente
seu sufoco é gritante
Quero me despir da roupa de carne
E libertar-me dessa doença
|
||||
3. |
|
|||
"Se eu morresse amanhã, viria ao menos
Fechar meus olhos minha triste irmã;
Minha mãe de saudades morreria
Se eu morresse amanhã!"
O que é isso que vocês chamam de vida
Eu não consigo entender
O que é isso que os faz feliz?
Eu não consigo entender
Eu só queria sumir
Eu só queria morrer....
Eu só queria sentir o que é a vida
Sentir o que é a paz
Poder sorrir sem disfarçar
Tirar essa máscara
"Mas essa dor da vida que devora
A ânsia de glória, o doloroso afã...
A dor no peito emudecera ao menos
Se eu morresse amanhã!
Que sol! que céu azul! que doce n'alva
Acorda a natureza mais louçã!
Não me batera tanto amor no peito
Se eu morresse amanhã!"
|
||||
4. |
|
|||
Ah, meu filho, não vou te ver crescer
Ah meu filho, meu espírito agoniza
Ah meu filho...
O mundo é frio, o mundo é cruel
Vá, cumpra teu miserável papel
Desenvolva sua carcaça
Teu terno em teu túmulo vão roer as traças
Vais sofrer, desejar morrer
Serás atraente?
Talvez cresças feio e doente
Talvez nem cresça, talvez adoeça
Perecerás na podridão da sarjeta?
E acabe num necrotério, numa gaveta
|
Ecos Póstumos Arapongas, Brazil
Projeto "One Man Band" criado por Renato Nascimento. Na linha Depressive Suicidal Black Metal. As letras das músicas são poemas criados para o "Setembro Amarelo", e visam expressar a rotina e fardos dos que enfrentam depressão em seus diversos graus.
Streaming and Download help
If you like Ecos Póstumos, you may also like:
Bandcamp Daily your guide to the world of Bandcamp